O Rio Grande do Norte retirou do campo 62 toneladas de embalagens vazias de agrotóxicos, entre janeiro e novembro de 2010. O volume representa um avanço de 11% sobre o total registrado em 2009, no mesmo período, um crescimento que, segundo Mário Fujii, gerente de Logística do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), se deve à conscientização do produtor rural, fruto de diversas ações como campanhas e iniciativas pela educação. Mas não é só isso.
“Outro ponto muito importante é o envolvimento de todos os elos da cadeia produtiva agrícola em prol do meio ambiente com responsabilidades compartilhadas. Cada um dos envolvidos (agricultores, distribuidores e cooperativas, indústria e poder público) possui sua responsabilidade determinada pela Lei 9.974/00. Podemos destacar a atuação da associação gerenciadora da central de recebimento de Mossoró, ACASA – Associação do Comércio Agropecuário do Semi-Arido que promove iniciativas de educação no Rio Grande.do Norte e em Estados vizinhos”.
Depois de inspecionadas pela unidade de recebimento de Mossoró, as embalagens foram encaminhadas para a reciclagem. Atualmente, 17 artefatos são produzidos a partir da reciclagem dessas embalagens, entre eles, barrica de papelão, tubo para esgoto, cruzeta de poste de transmissão de energia, embalagem para óleo lubrificante, caixa de bateria automotiva, conduíte corrugado, barrica plástica para incineração, duto corrugado, saco plástico de descarte e incineração de lixo hospitalar, tampas para embalagens de defensivos agrícola e a Ecoplástica Triex, fabricada para o envase do próprio defensivo agrícola, permitindo o fechamento do ciclo da gestão das embalagens pós-consumo dentro da própria indústria fabricante.
Por se tratar de um sistema que tem suas responsabilidades compartilhadas, a correta destinação começa com o produtor rural ao entregar as embalagens tríplice-lavadas no local indicado pelo revendedor na Nota Fiscal de compra. A partir do momento que a embalagem chega à unidade de recebimento, ela é inspecionada, separada, prensada e encaminhada para a reciclagem ou incineração. São passíveis de reciclagem 95% das embalagens vazias de defensivos agrícolas (plásticas, metálicas e de papelão) colocadas no mercado. Os 5% restantes são embalagens que tecnicamente não podem ser lavadas (como embalagens flexíveis e embalagem que acondicionam produtos não miscíveis em água). As embalagens que não foram corretamente lavadas pelos agricultores também são encaminhadas para a incineração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário