O Azerbaijão, país na fronteira entre Europa e Ásia, é um grande produtor de petróleo, exportando milhões de barris a cada ano. O óleo negro é tão abudante que moradores do oeste do país começaram a usar o produto como tratamento para dores nas articulações.
O petróleo é mantido na banheira a 40 graus Celsius. Um spa local oferece, entre diferentes opções de tratamento, um banho de imersão em petróleo.
O paciente deve ficar no máximo dez minutos na banheira cheia de petróleo para não alterar seu ritmo cardíaco. Segundo funcionários do estabalecimento, o óleo é mantido na banheira a 40 graus Celsius.
Usuários descrevem a experiência como um banho quente e relaxante. Especialistas locais sustentam que o petróleo da região é rico em naftalina, químico que garante o poder de cura em casos de dores nas articulações. Mas cientistas ao redor do mundo alertam para o potencial cancerígeno da naftalina.
Os benefícios terapêuticos se originam de agentes antibióticos e antiinflamatórios naturais que entram na pele, disse a médica. Arzu Mirzeyev é o mestre dos banhos. Com um avental verde, jeans manchados de óleo e de bigode, ele parece exatamente como um mecânico e tem um trabalho que combina com seu visual. Ele troca o óleo.
Cada banho utiliza cerca de um barril de óleo cru, que é reciclado em um tanque coletivo para futuros banhistas, devido ao alto custo do produto hoje em dia. O senhor Mirzeyev também usa toalhas de papel para limpar os banhistas, um processo complicado que exige vários banhos de chuveiro.
Ele diz que gosta de seu trabalho. Até a economia do Azerbaijão melhorar, nos últimos dois anos, o Sr. Mirzeyev, de 40 anos e pai de três filhos, trabalhava por temporada na Ucrânia, onde os salários eram mais altos.
Ao contrário do petróleo dos depósitos localizados no mar, que são vendidos internacionalmente sob a marca Azeri Light, o petróleo de Naftalan é pesado demais para ter valor comercializado.
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