A OGX, MPX e Petra Energia têm um plano arrojado para desenvolver a produção das reservas de gás descobertas no Maranhão. O grupo informou que pretende começar a produzir gás no segundo semestre do próximo ano.
O objetivo dos sócios é chegar a 2013 produzindo 5,7 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Esse volume equivale a um quarto da importação de gás da Bolívia, cujo contrato com o Brasil prevê o envio de 20 milhões de metros cúbicos diários. Como não existe infraestrutura para distribuição desse gás, o objetivo é usar o insumo para geração de energia elétrica. As áreas descobertas são divididas entre OGX (70%) e Petra (30%) mas a empresa de Eike Batista vendeu 33,33% de sua participação para a MPX, seu braço de energia.
A MPX já tem licença de instalação para uma térmica de com capacidade de gerar 1.863 megawatts (MW) na área e informa que está licenciando outra usina de 1.859 MW. A empresa vai participar do próximo leilão de compra de energia organizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), previsto para o fim do mês de julho, e o mercado espera que apresente preços bastante competitivos.
No leilão, a MPX será a única participante, além da Petrobras, com seu próprio suprimento de gás, o que possibilita ganhos adicionais e otimização dos negócios. A pergunta que se faz é o que a MPX faria na hipótese de uma suspensão do leilão, ou uma improvável desqualificação de sua proposta. Eduardo Karrer, presidente da MPX, explicou que a empresa trabalha com a venda de parte dessa energia no mercado livre, que tem contratos negociados fora do "pool" de distribuidoras para quem a EPE faz as aquisições.
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