Frenagem inteligente
Na pista de testes da empresa Volvo, na Suécia, o cientista Erik Coelingh testa uma tecnologia de frenagem automática para garantir que os carros parem quando detectam a aproximação de outro veículo pela frente ou pelos lados.
"O carro tem um sistema de sensores que tenta detectar onde estão os objetos ao redor dele. Há um GPS e um sensor no teto que permite medir a localização de outros veículos", explica.
Ele diz que os testes preliminares obtiveram bons resultados. Dentro do carro com a tecnologia de frenagem automática, Coelingh pisou no acelerador, mas parou na pista antes de atingir o veículo inflável usado para a experiência.
O pesquisador diz ter objetivos ambiciosos para a pesquisa que está conduzindo. "Acreditamos que acidentes não são inevitáveis."
"Temos uma visão de que no futuro não haverá mais colisões, nem mais acidentes fatais com veículos", conta.
Para-brisa que 'amplia' visão
Cientistas do laboratório de pesquisa da General Motors em Detroit, nos Estados Unidos investigam maneiras de fazer com que o carro compense falhas na visão do motorista.
Eles desenvolvem um protótipo de para-brisa que pode dar aos condutores dos carros uma espécie de visão aumentada de determinados pontos da estrada. A tecnologia se chama Sistema de Visão Avançada (Advanced Vision System no original em inglês).
"Nosso objetivo não é mudar a percepção que a pessoa tem do mundo, mas ressaltar pontos importantes", diz o coordenador do projeto Thomas Seder.
Câmeras infravermelhas filmam o motorista para monitorar a posição de sua cabeça e a direção de seu olhar na estrada.
Em momentos de dificuldade, o carro pode realçar determinadas partes do trajeto ou pontos de referência para ajudar o condutor.
"Uma das situações mais comuns em que podemos ajudar é quando a pessoa está dirigindo em uma estrada com neblina", diz Seder.
"Podemos enfatizar as margens da estrada, aumentando a realidade e tornando-as mais aparentes para que a pessoa possa liberar sua atenção para outras coisas importantes."
Boneco de testes virtual
Bonecos de testes, que sempre estiveram no centro das pesquisas sobre segurança de automóveis, parecem estar com seus dias contados. No que esta sendo visto como o maior esforço coordenado de pesquisa na história da segurança automobilística, cientistas estão desenvolvendo bonecos virtuais para testes de colisão.
Os bonecos meramente físicos atuais simulam as dimensões, as proporções de peso e articulações do corpo, mas os pesquisadores consideram que eles não são suficientemente representativos dos humanos.
Para calcular melhor as variáveis físicas envolvidas em um acidente, cientistas ao redor do mundo tentam descobrir qual é a força máxima de impacto que cada parte do corpo consegue suportar antes que ocorram danos irreparáveis.
A informação armazenada conseguirá atualizar os bonecos com uma espécie de modelo virtual, que poderá prever o exato momento em que as forças da colisão se tornam fortes demais para as pessoas.
Warren Hardy, um dos cientistas que trabalha no projeto, acredita que bonecos virtuais irão revolucionar a segurança nos carros.
"Há uma série de razões para seguir em frente com esse tipo de modelo, em oposição ao modelo físico. No mundo virtual podemos fazer muito mais por muito menos", diz.
Carro que prevê ferimentos
O programa "Algoritmo de Urgência" (Urgency Algorithm, no original em inglês) ajuda o carro a alertar os centros de emergência de incidentes que coloquem os passageiros de qualquer veículo em perigo.
O projeto aproveita uma tecnologia de localização já disponível em milhares de veículos na América do Norte, que permite que o carro envie uma mensagem com sua localização a um destinatário escolhido.
O cirurgião de trauma do Jackson Memorial Hospital Jeff Augenstein, que coordena os testes do programa, explica que, instalado no computador do carro, ele também transmite informações detalhadas sobre as forças de colisão a que os passageiros foram expostos durante um acidente.
"O programa reúne todos os dados que o carro fornece, como mudanças de velocidade, a velocidade com que o carro freou e qual foi o ângulo do primeiro impacto, e determina se a batida pode causar ferimentos mais sérios ", explica.
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