quinta-feira, 28 de abril de 2011

Voo 447 • Começa nova fase da operação para resgate dos destroços do Air...


A peça estava sem a memória que guarda os dados e gravações de voz que podem ajudar a esclarecer o acidente

São Paulo. O BEA (escritório francês que investiga a segurança na aviação civil) informou, ontem, que um robô submarino encontrou o chassi de uma caixa-preta que registrou os dados do voo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico em 2009, durante o trajeto entre Rio e Paris. Os 228 ocupantes do avião morreram.

Segundo o BEA, o chassi do FDR (Flight Data Recorder) do Airbus A330 estava no fundo do mar, ao lado de outros destroços da aeronave. O módulo de memória do aparelho - Crash Survivable Memory Unit -, que contém os registros de todas as informações do voo, porém, ainda não foi localizado. Ele ficava acoplado ao lado do chassi do aparelho. A operação de resgate dos destroços do avião continua. Os investigadores esperam que as duas caixas-pretas (uma com os dados do voo e outra com o registro da conversa da cabine) possam determinar o que causou o acidente.

O primeiro mergulho em busca dos destroços do voo, localizados no começo deste mês, foi realizado na manhã de terça-feira e durou mais de 12 horas. O navio francês Ile de Sein, responsável pela operação de resgate, está na área do acidente na costa brasileira.

De acordo com o BEA, 68 pessoas estão a bordo do navio, incluindo a tripulação. Entre eles estão nove operadores do robô submarino, que irá recolher os destroços, outros técnicos da empresa americana Phoenix International, proprietária dos equipamentos, e membros do BEA.

Grupos de trabalho

Durante a viagem ao Brasil, a equipe de resgate se reuniu para analisar a organização da quinta fase de buscas, as especificações técnicas dos robôs e as medidas de segurança a bordo.

Sob a direção do BEA, dois grupos de trabalho foram formados. O primeiro continua analisando os dados e imagens da quarta fase de buscas, que localizou os destroços do Airbus A330. Segundo o órgão francês, a análise está focada nas partes da cauda do avião, onde podem estar as caixas-pretas do voo 447 da Air France.

O segundo grupo estuda os procedimentos operacionais destinados a recuperar as caixas-pretas, os computadores de bordo e as demais peças da aeronave. O comunicado do BEA não informou se os corpos das vítimas serão resgatados.

Na semana passada, a Aeronáutica afirmou que o governo francês iria buscar os corpos, mas que ainda não havia informações sobre a possibilidade do resgate. A Associação das Famílias das Vítimas do Voo 447 da Air France, porém, disse que durante reunião com o BEA ficou decidido que os corpos não seriam resgatados, o que provocou protestos.

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