O acidente que resultou no vazamento de ácido fórmico e no bloqueio da BR-101 por quase 19 horas na quinta-feira, em Osório, deve resultar em multa para pelo menos três empresas.
A fabricante do produto, a transportadora e a indústria de Montenegro que receberia o material poderão ser responsabilizadas porque não havia licença ambiental para o transporte da carga perigosa.
A carreta, que havia saído do município de Santana do Parnaíba, a 42 quilômetros de São Paulo, tombou à 0h desta quinta no km 86 da rodovia gaúcha. O veículo transportava 21 contêineres com o produto tóxico — cada um deles, com mil litros. De acordo com a Fepam, metade da carga vazou sobre a pista.
Com o vazamento da carga, os dois sentidos da rodovia foram bloqueados por precaução. O ácido fórmico escorreu pela pista e chegou à rede pluvial, atingindo um córrego que deságua na Lagoa Marcelino.
Técnicos do Serviço de Emergência Ambiental da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) isolaram o local do acidente e fizeram testes na água para avaliar possível contaminação.
— O risco foi descartado, pois não encontramos nenhuma anormalidade. Se o ácido chegou à água, acabou diluído. As empresas, entretanto, devem ser multadas porque não havia licença ambiental para o transporte de cargas perigosas. A indústria que comprou o produto também deve ser responsabilizada porque contratou uma empresa que não tem autorização para esse tipo de transporte —explicou ao fim da operação o técnico Diego Hoffmeister, do Serviço de Emergência Ambiental.
Ao longo do dia, o trânsito foi desviado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para as pistas laterais da BR-101, o que evitou transtornos maiores aos motoristas. A carreta foi removida no fim da manhã. À tarde, o produto químico foi recolhido e a pista, limpa. A rodovia foi liberada integralmente às 18h45min.
O acidente
No início da madrugada desta quinta-feira, um caminhão que transportava ácido fórmico tombou na BR-101, na altura do km 86, em Osório, no Litoral Norte. O caminhoneiro sofreu lesões leves e o outro ocupante do veículo foi levado ao hospital São Vicente de Paulo, em Osório, mas passa bem.
O veículo transportava 21 conteineres com o produto tóxico — cada um deles, com mil litros. De acordo com a Fepam, metade da carga — cerca de 10 mil litros — vazou sobre a pista e os recuos laterais.
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