Não é novidade que o petróleo no mundo está acabando, e previsões recentes apontam que teremos no máximo meio século de consumo deste combustível fóssil nas taxas atuais. Essa tendência naturalmente faz com que se preveja uma subida no preço. Uma estimativa do banco HSBC, na Grã-Bretanha, aponta que haverá um significativo aumento no preço do barril até que os bio-combustíveis se tronem correntes e economicamente viáveis.
O que eles indicam, na verdade, é o seguinte: já há condições materiais para que combustíveis alternativos (e aí se incluem não só os bio-combustíveis, mas também petróleo sintético extraído de carvão, que não é renovável) suplantem o petróleo. Mas isso só acontecerá quando o preço do barril do “ouro negro” ultrapassar 150 dólares.
Atualmente, o preço está em 115 dólares (baseado na última cotação Europeia). Pode parecer que ainda falta muito para chegar aos 150, mas é bom lembrar que esse mesmo preço era de apenas 74 dólares há menos de um ano. Essa situação é agravada com as constantes guerras no Oriente Médio, e ainda mais com os recentes conflitos no Norte da África, especialmente a Líbia. Estas agitações colaboram diretamente para a ascensão no preço do barril.
O relatório do HSBC afirma que a queda na disponibilidade de petróleo vai alterar o quadro geopolítico mundial. Aqueles que têm menos fontes naturais, ou acesso e recursos de extração, vão perder espaço no jogo de interesses econômicos mundiais. Nesse particular, quem deve sair perdendo é a Europa, que é altamente vulnerável e dependente da energia não-renovável extraída de outros lugares do mundo.
É por essa razão que está se investindo pesado em novas alternativas. Ainda assim, investimento maior ainda é para achar novas fontes de petróleo, ainda não exploradas. A bola da vez são terras remotas no norte do Canadá, quase no Ártico, onde parece haver uma grande reserva de areia betuminosa descoberta recentemente.
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