Na última semana, o estado do Oklahoma, EUA, foi palco de uma tempestade de três dias com 267 tornados registrados durante o fim de semana, segundo dados do Centro de Previsões de Tempestades, da cidade de Norman. Mas nem todos os tornados tinham apenas um “funil”, alguns dele tinham dois ou até três.
Profissionais que seguiram o curso da tempestade conseguiram filmar o fenômeno chamado “multivortex”. Um deles foi classificado como F3, de acordo com a escala Fujita, os ventos chegaram a 266 km/h e mataram duas pessoas nas proximidades das cidades de Tushka e Atoka.
O estado do Oklahoma fica no coração do Tornado Alley (que pode ser traduzido como beco do tornado ou passagem do tornado) onde os tornados se formam quando o ar quente e úmido do Golfo do México colide com o ar gelado do norte, criando tempestades massivas. O ar quente sobe e atinge uma camada da atmosfera onde os ventos mudam de direção e criam rotação.
Pense em um catavento com ar empurrando em duas direções diferentes, de cima e de baixo. Em baixo deste catavento, uma cobertura de ar quente “prende” o calor da superfície a 3 mil metros. O calor continua aumentando até que rompe a cobertura e uma tempestade de raios se inicia. Com os ventos se movimentando para cima e para baixo, o catavento é derruado para o lado, criando uma enorme massa de nuvens em rotação, chamada mesociclone, um vórtice de ar.
Quando os vórtices são múltiplos, “é como se você tivesse circulação ligada à circulação”, diz Karl Jungbluth, meteorologista do Serviço Nacional do Clima, de Des Moines, no estado do Iowa, EUA. Estes “funis” extras geralmente vêm em grupos de dois a cinco e duram apenas alguns minutos. Eles conseguem ser vistos no começo das tempestades, mas depois eles se separam e viram um tornado só. Um tornado multivortex é difícil de ser confirmado sem um vídeo, mas sua assinatura é o estrago que causa onde o funil toca o chão.
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