Pernambuco - O número de acidentes de trabalho em Pernambuco teve um aumento de 27% no ano passado, em relação a 2008. Só este ano foram registradas 51 mortes de trabalhadores. A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego alerta as empresas para que reforcem as normas de segurança, evitando novos casos.
O pedreiro Anselmo José de Oliveira é uma das vítimas do setor da construção civil: "se tivessem isolado a área de baixo, esse pedaço de concreto não tinha passado para fora do prédio. Quando eu virei, o pedaço quebrou meu braço e dois dedos do pé". A obra que ele trabalhava não tinha uma grade laranja que impede que objetos caiam na área externa da construção.
Em uma das obras, os trabalhadores são obrigados a usar botas e capacetes, mas também há outros ítens de proteção. Um dos equipamentos que garantem proteção é o cinto de segurança. O uso é obrigatório para o trabalhador e para qualquer pessoa que esteja na obra a uma altura acima de dois metros: "o cinto contribui para a segurança do trabalhador porque ele evita a queda, que muitas vezes é fatal".
O trabalhador deve se negar a trabalhar caso não sejam respeitadas as normas de segurança: "ele não deve ter medo de perder o emprego, e sim de perder a vida". Apesar da fiscalização e do treinamento de algumas empresas, a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego registrou este ano 51 mortes em Pernambuco. 13 nos canteiros de obras e 38 nas usinas e lavouras de cana-de-açúcar. Em 24 de novembro, um operário de 33 anos morreu enquanto fazia manutenção no tanque da refinaria da Usina Ipojuca.
"Esse número aumentou por conta do grande número de obras no Estado. Associado a isso percebemos também uma fraca atuação dos empregadores no sentido da atuação nas normas de segurança. Acho que esse é o ponto mais relevante", disse o subchefe Setor de Segurança do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Carlos Silva
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