O fumo passivo aumenta as chances de um bebê nascer morto, causa problemas psicológicos, danos ao pulmão, doenças cardíacas e mata mais de 600 mil pessoas por ano (dados da OMS). Além de todos esses problemas, um novo estudo mostra que a exposição à fumaça do cigarro praticamente dobra as chances de perda auditiva em adolescentes.
O estudo, realizado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de Nova York (EUA), foi divulgado pela revista científica Archives of Otolaryngology – Head & Neck Surgery.
Os pesquisadores estudaram mais de 1.500 adolescentes entre 12 e 19 anos, avaliando informações sobre suas casas, além de fazerem testes de sangue, nicotina e capacidade auditiva.
Os cientistas concluíram que “a fumaça do cigarro é independentemente associada com um risco quase duas vezes maior de perda auditiva em adolescentes”.
Os resultados mostraram que os adolescentes expostos ao cigarro falharam mais nos testes de freqüências importantes para compreensão da fala. Além disso, aqueles com altos níveis de nicotina (o que indicava grande exposição) apresentavam maior perda unilateral de audição.
Além disso, os adolescentes expostos ao cigarro foram mais propensos a sofrer de perda auditiva neurossensorial, que é um tipo de problema mais comum em pessoas mais velhas, segundo o médico Michael Weitzman, professor de pediatria e psiquiatria da universidade e um dos autores do estudo.
A lista dos problemas causados pela exposição ao cigarro é extensa: doenças cardíacas, câncer de pulmão, ataques de asma em crianças e infecções no ouvido.
Segundo Anil Lalwani, professor da universidade e coordenador do estudo, “mais da metade dos adolescentes nos Estados Unidos são fumantes passivos”.
- Por isso, nossas descobertas indicam que a perda auditiva em adolescentes tem fortes implicações em saúde pública.
De acordo com os especialistas, as autoridades públicas precisam reavaliar o tabagismo em casa e em locais públicos e o número de vezes que os adolescentes fazem testes de audição.
Fonte: R7
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