Na hora de procurar um emprego ou mudar de rumo profissional, é necessário ficar atento ao currículo, mas também às informações divulgadas em redes sociais, como Facebook, Twitter e Orkut, que também podem influenciar na avaliação de um candidato. Essa constatação é da Pesquisa Internacional de Mercado de Trabalho, realizada pela empresa de recrutamento Robert Half.
De acordo com Ricardo Bevilacqua, diretor da Robert Half para a América Latina, “a comunicação do profissional nas redes sociais deve estar alinhada com o que se deseja transmitir no currículo ou entrevista. A postura ética e séria do profissional não pode estar dissociada do que é apresentado nas redes sociais”.
Exigências profissionais, ambiente de trabalho e qualidade de vida foram outros fatores abordados pela pesquisa, que teve como objetivo avaliar os principais valores e tendências do mercado de trabalho. A pesquisa foi aplicada em 10 países, com 2.225 tomadores de decisão. Entre esses profissionais estão executivos da área de finanças e recursos humanos com responsabilidade de recrutamento no Brasil, Áustria, Bélgica, República Checa, Dubai, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Suíça e Holanda.
Verdadeira qualificação
Na hora da contratação, de acordo com o diretor Ricardo Bevilacqua, as empresas costumam avaliar quatro pontos, principalmente: experiências profissionais, qualificações, fluência em outros idiomas e formação acadêmica. É necessário, ainda, que essas informações sejam apresentadas em um bom currículo, de forma clara em, no máximo, duas páginas. Mas não vale inventar informações para impressionar. “Mais de 45% dos contratantes partem do princípio que o candidato está aumentando ou mentindo nestes aspectos. Após a entrevista, a maioria busca referências ou questionam em detalhes as informações”, alerta o diretor.
Fofoca estressa
O brasileiro é feliz no trabalho. Mais de 90% responderam como balanceada ou boa sua qualidade de vida. De acordo com o diretor da Robert Half, “esse dado buscou aferir o índice de felicidade do profissional que, no caso dos brasileiros, é bastante positivo”.
Quando o assunto é estresse, 60% dos brasileiros responderam que um ambiente com baixo nível de profissionalismo, com fofocas e conversas sobre aspectos pessoais, é o que mais pesa. Como segundo fator de estresse, foi apontado o aumento da carga de trabalho, com 47% de indicações, seguido por pressões desnecessárias do chefe, respondido por 44% dos brasileiros entrevistados.
Responsável pela carreira
A exigência para as contratações aumenta, mas são os profissionais que devem ficar atentos em manterem-se sempre atrativos. Para Bevilacqua, “o controle das carreiras profissionais não pode estar nas mãos das empresas. O mercado é dinâmico e são os profissionais, com suas próprias organizações, que devem encaminhar suas carreiras”.
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