Há alguns anos, tem crescido a exigência para que pessoas e empresas sejam inovadoras, ou seja, para que desenvolvam produtos, processos e serviços totalmente novos e que tragam vantagens competitivas de mercado. Nos departamentos de TI, essa demanda fica ainda mais forte pelo fato de a tecnologia ser o principal pilar da inovação nas organizações.
1. Crie uma justificativa convincente – Se as pessoas não tiverem a consciência da importância de implementar algo inovador, dificilmente a empresa priorizará os investimentos nesse tipo de iniciativa, em vez de destinar o dinheiro para atividades essenciais ao funcionamento da organização. “Assim, deve-se criar um projeto para justificar a inovação e é melhor que ele seja convincente”, pontua Govindarajan.
2. Compartilhe uma visão de futuro – A maioria das empresas prevê o futuro com base no que aconteceu no passado. Mas isso nem sempre corresponde à realidade e, principalmente, não leva em conta as mudanças inesperadas que tendem a ocorrer. Assim, o ideial é não prever o futuro, mas desenvolver hipóteses sobre diferentes cenários para o prazo de 10 a 20 anos e que possam servir de cenário para os projetos inovadores.
“Em minha experiência, a razão número um pela qual as iniciativas inovadoras falham é por conta de não perderem tempo para alinhar os investimentos em inovação aos objetivos da organização”, pontua o especialista.
4. Envolva os principais executivos da organização – Qualquer projeto dentro das empresas depende de uma estratégia clara, baseada em métricas e com um modelo adequado de gestão. Mas quando se fala em algo inovador, a estratégia tende a ser confusa e os modelos de análise tradicionais de resultados tendem a não valer, já que trata-se de algo novo e que ainda não tem referências. Assim, a única forma de uma ação inovadora seguir adiante é quando alguém com poder de decisão na organização compra a ideia e trabalha para garantir todos os recursos necessários a ela.
5. Encontre alguém que engaje as pessoas – O sucesso de qualquer iniciativa bem-sucedida depende da forma como as decisões são tomadas. Mas no caso de projetos inovadores, nem sempre os modelos convencionais, no qual o principal executivo dá o parecer final, funcionam. Para Govindarajan, é necessário estabelecer alguém, dentro da equipe, que terá a função – e, por consequência, precisa ter a capacidade para tal – de motivar as pessoas a se engajarem com o processo de inovação e incentivar uma tomada de decisões conjuntas.
6. Estabeleça uma equipe multifuncional – Os melhores times têm três ingredientes: líderes de projeto que contribuem para a tomada de decisões e sirvam de mediadores dos conflitos; conhecimentos e capacidades relevantes dos integrantes; e uma diversidade de pessoas, com habilidades diferentes, mas que trabalhem bem de forma conjunta.
7. Entenda os reais direcionadores da inovação – As mudanças organizacionais são motivadas por fatores de mercado: clientes, competição, órgãos reguladores e desenvolvimento científico e tecnológico. “Só ao explorar esses direcionadores de mudança as companhias começam a reconhecer o que deve ser relevante para seu futuro”, aconselha o especialista, citando que isso pode servir de base para construir ideias inovadoras.
8. Assuma riscos – As pessoas só conseguem criar algo totalmente inovador quando elas deixam de pensar como os demais. Mas isso, no entanto, tem um preço: a necessidade de assumir o risco de fazer algo que ninguém fez e que, na maior parte das vezes, não é compreendido no primeiro momento e está sujeito a falhas. Vale destacar que, na maior parte dos casos, as pessoas precisam testar uma série de projetos até chegar a algo realmente novo e interessante.
9. A inovação precisa ser o tempo todo estimulada – “Existem três elementos para que as ações inovadoras ocorram. O primeiro é criar um time dedicado ao tema. Segundo, deve-se criar um elo entre essa equipe e os profissionais que tocam o dia-a-dia, para analisar questões-chave para o negócio. E, terceiro, há a necessidade de avaliar a capacidade dos líderes de projeto para gerenciar as ações de forma contínua, não só para alcançar os resultados em curto prazo”, conclui Govindarajan.
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