terça-feira, 24 de maio de 2011

UM AMERICANO PARAPLÉGICO VOLTA A SE LEVANTAR


Um americano paraplégico conseguiu se levantar, ficar de pé e caminhar novamente graças a uma pesquisa da Universidade da Califórnia, nos EUA. Rob Summers, de 25 anos, sofreu um acidente de carro em 2006 que o deixou completamente paralítico. Graças a uma combinação pioneira de estímulo epidural e treino, porém, ele conseguiu retomar os movimentos das pernas. 

O jovem consegue colocar-se de pé, dando ele mesmo o impulso muscular necessário para se levantar, e mantém-se em pé durante vários minutos. Com a ajuda de outros, consegue caminhar e movimentar de maneira voluntária os quadris, os joelhos, os tornozelos e os dedos dos pés. 

O jovem recuperou também parcialmente o funcionamento de seus órgãos sexuais e de sua bexiga, fruto de um tratamento que implica dois elementos fundamentais: a estimulação epidural da medula espinhal e um intenso programa de treinamento físico.

A conquista só foi possível depois de uma pesquisa do Kentucky Spinal Cord Research Center da Universidade de Louisville (EUA) e da Universidade da Califórnia (EUA), que publicaram um artigo na última edição da revista médica The Lancet. 

Os pesquisadores basearam seu projeto na estimulação elétrica epidural contínua e direta da parte inferior da medula espinhal do paciente, simulando os sinais que o cérebro transmite em condições normais para iniciar um movimento. Quando o sinal é transmitido, a própria rede neurológica da medula, em combinação com a informação sensorial que as pernas enviam à medula, é capaz de dirigir os movimentos do músculo e das articulações necessários para erguer-se, caminhar, sempre com a ajuda de outras pessoas. 

"A medula pode interpretar estes dados de maneira independente e enviar instruções de movimento outra vez às pernas, tudo isso sem participação cortical", afirmou o professor Reggie Edgerton, um dos diretores da pesquisa. 

O trabalho também “reeducou” as redes neurológicas da medula de Summers para que produzissem movimento muscular. Isso resultou nos movimentos dos membros inferiores do jovem. 

O processo de treinamento durou mais de dois, após o paciente ter passado por uma cirurgia que implantou nas costas um dispositivo de estimulação elétrica responsável pela voluntariedade dos movimentos. 

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