O Espírito Santo é um dos estados que mais se desenvolvem no Brasil. A localização estratégica, no litoral do Sudeste brasileiro, próximo aos grandes centros de consumo do País, favorece novos investimentos voltados tanto para o comércio internacional quanto para o mercado interno.
Sua base econômica é diversificada e movimenta negócios das cadeias produtivas do petróleo e gás, siderurgia e mineração, celulose e rochas ornamentais. Destacam-se também o agronegócio, principalmente com a produção de café e com a fruticultura, os segmentos metalmecânico, moveleiro, confecções, construção civil, alimentos, entre outros arranjos produtivos.
O Estado conta com um dos maiores complexos portuários da América Latina e é também servido por uma malha rodoferroviária que favorece o recebimento de matérias-primas e insumos e facilita o escoamento dos produtos acabados.
No campo social, o Estado apresenta o quarto maior PIB per capita e a terceira menor taxa de pobreza do Brasil, além de se destacar pelo crescimento de seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em relação aos outros estados da Federação.
Desenvolvimento econômico
O Espírito Santo conta com uma ampla gama de projetos em execução ou em perspectiva para os próximos anos. Cerca de R$ 98 bilhões devem ser investidos nos período 2011-2015 no Estado.
Petróleo e Gás
Até o fim de 2014, a expectativa é de que a produção chegue aos 400 mil barris por dia, saltando para 500 mil barris/dia até o fim do ano de 2015.
Só a indústria do petróleo contrata no Estado cerca de R$ 4 bilhões por ano em bens e serviços.
Principais projetos
Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas Operando e em ampliação
* Investimento: R$ 3 bilhões
* Localização: Linhares
* Projeto: Capacidade de 18 milhões m³/dia.
Complexo Gás-químico Assinado protocolo de intenções entre Estado, Petrobras e Prefeitura de Linhares/elaboração de projeto
* Investimento: R$ 3 bilhões
* Localização: Linhares
* Projeto: Produção de fertilizantes nitrogenados (uréia e amônia), metanol, ácido acético, ácido fórmico e melamina, aumentando a oferta interna destes produtos gás-químicos e reduzindo a necessidade de importação.
Termelétricas
* Projetos: 8 vencedores dos leilões A-3 e A-5, da Agência Nacional de Energia Elétricas Aneel. A implantação desses projetos irá triplicar a oferta de energia no Espírito Santo, acrescentando mais de 2.000 MW até 2013, promovendo a autossuficiência do Estado e permitindo aos capixabas a exportação de energia para o sistema nacional.
Fábrica de motores WEG Em Construção
* Investimento: R$ 185 milhões
* Localização: Linhares
* Projeto: Produção de equipamentos eletroeletrônicos, motores elétricos, geradores, transformadores, componentes eletrônicos e eletromecânicos de proteção, comando e controle, muitos deles voltados à indústria do petróleo.
Terminal Aquaviário de Barra do Riacho Em construção
* Investimento: R$ 500 milhões
* Localização: Aracruz
* Projeto: Armazenar e transportar 3 mil m³/dia de C5+ e 1 mil toneladas de GLP produzidos no Estado.
Estaleiro Jurong Aracruz Licenciamento Ambiental
* Investimento: R$ 1 bilhão
* Localização: Aracruz
* Projeto: Construção de sondas de perfuração, reparo naval e plataformas de petróleo e gás.
Terminal de Apoio Offshore da Petrobras Licenciamento Ambiental
* Investimento: R$ 1,6 bilhão
* Localização: Anchieta
* Projeto: Visa dar suporte às plataformas e às atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural offshore. Prevê retroárea operacional da Petrobras e área para implantação de empresas fornecedoras.
Oitava Usina da Vale Em Construção
* Investimento previsto: R$ 1,2 bilhão
* Empregos: 3 mil nas obras e 350 na operação
* Início da operação: final de 2012
* Localização: Grande Vitória
* Projeto – A capacidade anual de produção da usina 8 será de 7,5 milhões de toneladas de pelotas por ano, o que consolidará o Espírito Santo como o maior polo de pelotização e exportação de minério de ferro do mundo.
Base de Apoio Logístico Offshore Em estudo
* O objetivo é a criação de uma base de apoio logístico no município de Itapemirim para dar suporte às atividades offshore de petróleo e gás no Estado. A previsão de investimentos é de R$ 300 milhões e irá gerar em torno de 1,2 mil empregos diretos.
Porto de Águas Profundas em estudo
* Investimento previsto: R$ 800 milhões
* Emprego: 2 mil empregos diretos na operação
* Situação atual: fase de estudo de viabilidade econômica, financeira e ambiental e definição locacional
* Projeto: Com a construção do porto, a movimentação de contêineres no Estado passará de 300 mil para 1,2 milhão anuais. Os impostos arrecadados, que somam hoje R$ 6,6 bilhões, podem ser mais do que duplicados. O Brasil e a América Latina não possuem ainda um porto de águas profundas para contêineres. Só esse tipo de terminal portuário, com profundidade de 16 a 23 metros, atende aos novos navios, chamados porta-contêineres pós-Panamax, que transportam o dobro da carga.
Energias renováveis
Atlas Eólico do Espírito Santo
A geração de energia elétrica pela força dos ventos tem se tornado uma promissora fonte energética de produção renovável, de baixíssimos impactos ambientais e custos cada vez mais competitivos.
Com o objetivo de diversificar a matriz energética do Espírito Santo e promover a utilização de fontes de energia limpas e renováveis, o Governo do Estado, por meio da sua Agência de Serviços Públicos de Energia (Aspe), elaborou o Atlas Eólico do Espírito Santo.
A iniciativa se integra aos esforços do Governo que visam promover o desenvolvimento econômico sustentável, de forma socialmente inclusiva e com respeito ao meio ambiente.
O Atlas Eólico capixaba foi elaborado com as mais modernas técnicas disponíveis atualmente. Sua metodologia foi rigorosa e teve como base medições de alta qualidade.
No estudo, foi identificado que o potencial de geração eólica no Estado é muito promissor e pode duplicar a capacidade atual de geração capixaba, com um incremento de aproximadamente 1,8 GW. Informações detalhadas apontam os regimes de vento e identificam locais com potencial para o aproveitamento dessa fonte de energia sustentável.
Uma novidade é que o Atlas do Espírito Santo é o primeiro no Brasil a fornecer informações que identificam o potencial eólico off-shore, ou seja, no mar, ao longo da costa do Estado. Esse potencial é estimado em 5 GW.
Além de tudo isso, o estudo fornece também um diagnóstico preciso, com dados relevantes sobre o Espírito Santo, que permitirão avaliações complementares para implantação de parques eólicos em terras capixabas.
O Atlas Eólico é, então, mais uma prova de que bons ventos levam o Espírito Santo a um futuro com desenvolvimento sustentável.
Desenvolvimento igualitário
Escola Gomes Cardim
Para que a distribuição dos investimentos no Estado seja realizada de forma harmônica, o governador Renato Casagrande criou um comitê para tratar do eixo estratégico que cuidará da Distribuição dos Frutos do Progresso. Este comitê faz parte do Sistema de Gestão do Plano Estratégico do Governo do Estado e é composto pelas Secretarias de Estados de Desenvolvimento; Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca; Assistência Social e Direitos Humanos; Economia e Planejamento; e a Procuradoria Geral do Estado.
O grupo trabalha por ações que promovam a descentralização e harmonização dos investimentos, além de debater ampliação dos programas de qualificação profissional, a oferta de crédito e de novas oportunidades.
Para compartilhar a riqueza do petróleo entre todos os cidadãos, respeitando-se as peculiaridades de municípios produtores e não produtores, o Espírito Santo conta com ações inovadoras.
Um exemplo é o Fundo para Redução das Desigualdades Regionais (Lei nº 8308/2006), que transfere aos municípios 30% da arrecadação estadual proveniente da compensação financeira dos royalties. Esses recursos são aplicados em preservação ambiental, educação, saúde, assistência social, transporte, segurança, geração de emprego e renda, entre tantos outros benefícios para a sociedade capixaba.
A transferência é destinada àqueles municípios que recebem menos de 2% de royalties e até 10% de participação no bolo do ICMS, diminuindo a concentração de renda nas regiões metropolitana e de extração de petróleo e gás, o que contribui para a descentralização do desenvolvimento.
Os recursos dos royalties também alcançam todo o Estado por meio do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fundágua), criado pela Lei 8.960/2008, e através da regulamentação do Pagamento por Serviços Ambientais (Lei 8.995/2008). Na prática, trata-se de uma compensação financeira paga aos proprietários rurais que conservarem áreas verdes próximas às nascentes, visando à preservação da água em todo o território capixaba.
O Espírito Santo vive hoje um cenário positivo no que diz respeito à economia e ao desenvolvimento, com crescimento acima da média nacional. Essa realidade atrai empresas que geram emprego e renda em diversos setores, como mostra o estudo do Instituto Jones. O desafio e o foco do nosso trabalho são pela ampliação e diversificação econômica, visando à desconcentração do desenvolvimento para levar novas oportunidades a todas as regiões do Estado e para todos os capixabas, ressaltou o secretário de Desenvolvimento, Márcio Félix.
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