Os metalúrgicos que trabalham nas empresas do Distrito Industrial ficam até 2h por dia dentro de um ônibus. São quatro viagens diárias, que aumentam o desgaste físico e reduzem o tempo reservado para o almoço. A conclusão é do Sindicato dos Metalúrgicos, que acompanhou o deslocamento dos trabalhadores. Os ônibus que levam os metalúrgicos que moram mais longe, como no Bairro Jaboticabal, passam pelos bairros Frinape, Boa Vista, Presidente Vargas, Paiol Grande I e Paiol Grande II.
“O trabalhador que sai às 11h40min da empresa chega à parada perto de casa às 12h20min. Às 12h55 já está de volta á parada de ônibus, ou seja, tem pouco mais de meia hora para almoçar”, assegura o dirigente Selmar Baú. Os trabalhadores que moram em outras cidades têm quase duas horas de intervalo, e fazem as refeições no refeitório Express. “Porém, neste período de intervalo são obrigados a ficarem na rua, expostos ao sol e chuva, com refeitório para todos os trabalhadores esse tempo diminuiria em 50 minutos no mínimo”, afirma Baú.
Diante do problema, o Sindicato intensificou o debate com os trabalhadores e as empresas, na Campanha pela instalação de refeitórios. Para o presidente do Sindicato, Valdecir Frare os refeitórios poderiam reduzir o desgaste físico e emocional e os riscos de acidentes de trânsito e os trabalhadores poderiam ter mais tempo com a família. “Almoçando na fábrica, o intervalo para almoço pode ser menor e os trabalhadores podem chegar em casa mais cedo no fim do dia. A lei permite que o intervalo mínimo para o almoço seja de 50 minutos”, afirma Frare.
O sistema já é dotado há vários anos pela empresa Menno, com a diminuição do intervalo na hora do almoço, a folga do fim de semana começa na sexta- feira ao meio dia. Na empresa Cercena a experiência é nova, mas foi aprovada pelos trabalhadores. “O refeitório é um beneficio muito importante para nós, agora podemos descansar mais, pois passamos menos tempo nos ônibus, após a implantação percebemos o quanto é positivo para todos”, afirma Leandro Bisol, funcionário da empresa. “Além dos trabalhadores, as empresas também ganham em produtividade, saúde, motivação e incentivos fiscais. Por isso, a nossa luta é para que este benefício chegue a todos os trabalhadores do Distrito Industrial”, finaliza o presidente.
Escrito por: Sindicato dos Metalúrgicos de Erechim
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